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É sua primeira vez por aqui? Entenda o blog: No dia 13/08/2010 eu criei este blog apenas para programar a minha viagem para a Itália... Ele cresceu muito, fiz muitos amigos e virou uma fonte de informações para muitas pessoas. Para melhor compreensão, ele foi dividido em três partes: 1) as pesquisas sobre cada cidade, atrações turísticas, gastos,... e o marcador que eu adoro: Entrando no clima, onde experimentei receitas, filmes, livros,... 2) A montagem do meu roteiro passo a passo: todos os dias estão na guia ROTEIRO FINAL; 3) O relato completo da minha viagem - todos os dias - com informações, dicas, gastos totais... etc. Estão na guia MINHA VIAGEM. Entre... o blog é seu!!! Aqui você vai encontrar informações sobre as cidades que eu visitei: Milão, Lago di Como, Turim, Verona, Pádova, Vicenza, Veneza, Florença, Pisa, Lucca, San Gimignano, Siena, Arezzo, Cortona, Cinque Terre, Assis, Roma, Pompéia, Capri, Sorrento, Positano e Nápoles... Este projeto foi finalizado pois estou com outro agora: http://www.toindoparaafranca.blogspot.com/ - mas entrarei aqui uma vez por semana para responder comentários, perguntas, etc... BOA VIAGEM À ITÁLIA!!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Relato de viagem... - por Rodrigo Góes

Pessoal,

Conheci o Rodrigo através de alguns emails que trocamos antes de sua viagem... Agora, ele compartilha seu relato...

Relato de Viajem – Início

Olá Márcio, e todos os outro colegas viajantes que, assim como eu usaram, ou vão usar, o blog como uma das principais referências (no meu caso a principal) para formular o roteiro de viagem!

Eu fui para a Itália no dia 06 desse mês, fiquei 4 dias fazendo um treinamento, e outros 8 viajando pelo norte da Itália. Meu roteiro foi o seguinte:

- Bolonha
- San Marino e Rimini
- Verona
- ‘Roteiro da FEB’ – Pistoia, Monte Castello e Montese
- Florença
- Pisa
- Genova
- Lugano
- Milão

Meu ‘estilo’ de viagem é um pouco diferente do estilo do Márcio: Não gosto de planejar nada! A única coisa que eu infelizmente tive que fazer, foi de reservar os hotéis, pois como meu tempo era curto, não pude dar chance ao azar de ficar muito tempo procurando um lugar pra dormir. Do mais, fui com as mãos abanando! Os próprios roteiros pelas cidades eu decidia quando chegava lá saia andando a esmo pela cidade! Tinha um mapinha, que pegava no hotel, só para saber onde estavam os pontos turísticos e marca-los no meu OffMaps (aplicativo do iPod que permite que você salve os mapas e acesse quando bem entender, falarei disso mais para frente se interessar a alguém) Foi assim que descobri algumas coisas que não esperava!

· O Trem

As passagens de trem, comprei todas na hora. Não há necessidade alguma de comprar as passagens para os trens Regionais não é necessário comprar bilhetes pela internet (já que não se reserva lugares, e nem tem controle do número de passageiros, no pior dos casos, você viaja em pé). Andei, se não me engano, duas vezes com o EuroStar apenas (que é um trem um pouquinho melhor, e quase nada mais rápido, só que muuuuuuito mais caro, explico depois o porque de pegar esses trens) e duas com o InterCity. E mesmo assim comprei o bilhete na hora. Quando estaca com muita pressa, olhava o horário antes.. mas como não tive muita, e os trajetos em sua maioria eram curtos, tinha trem a todo momento. Não comprem bilhetes na ‘bigleteria’. Não tem necessidade alguma, as máquinas de self-service, que existem em todas as estações, são muito simples de usar (mais simples que falar com o atendente até rsrs). Infelizmente as mais novas não tem a opção de português, mas tem inglês, espanhol e alemão. Podem confiar nas máquinas lá! Não são iguais as de coca-cola aqui que sempre acabam nos roubando! Podem colocar uma nota de 50 euros tranquilamente que te devolvem o troco exato! As máquinas funcionam mais ou menos assim: Selecione a estação de chegada (você só comprar bilhetes partindo de onde está), ai seleciona o horário e a categoria (para os trens regionais o bilhete vale por até três meses se não me engano, e você pode usar quando bem entender, desde que valide-o) depois seleciona o método de pagamento (paguei todos em dinheiro, porque o Visa Travel Money não funcionava lá), ai paga, tira a passagem, e depois te dão o troco. Lembrando que você deve validar o seu bilhete, eu validei todos, mas parece que só o os regionais precisam ser validados. Validar é muito muito muito simples, é simplesmente inserir o bilhete numa caixinha amarela (existem milhões por estação) e esperar que marquem a data e hora. Após isso, seu ticket vale por seis horas. Se não fizer isso, será multado (de Florença para Pisa vi duas garotas japonesas serem multadas em 5 euros cada, e acabarem saindo do trem numa estação qualquer para não pagar, ai é só validar e pegar o próximo) e vi uma outra multa de 100 euros para um cara que pegou o intercity Bolonha – Verona sem passagem).

· O Ônibus e o Metro

Se vocês precisar pegar um ônibus, não se desespere, é igual aqui, lotado, e tal.. hahah mas ao menos tem horário. Em algumas cidades (que me lembro Pisa) você pode comprar o ‘ticket’ do ônibus em maquinas de self-service. Eles saem 40 cents mais baratos que os comprados no ônibus que custam 1,50 Euro, que você compra ou do motorista, ou de uma maquininha lá mesmo. Após validar o ticket no ônibus mesmo ele vale por um período de tempo (de acordo com o que você comprou). Não há catraca, portanto, se você quiser agir de ma fé, pode fazer ‘ a la portoghesa’ como eles falam, que é pegar o ônibus e não pagar. Fiz isso sem querer uma vez, porque tinha o ticket, mas não sabia onde colocar.. enfim, é muito simples. O metro é a mesma coisa do de São Paulo por exemplo, a única diferença é que você compra o bilhete em bancas de jornal ou tabacarias – que há de montes lá, o povo pra fumar! Rsrs Então em Milão, que o transporte básico é o metro, compensa comprar o ticket de 24horas, que custa 3 Euros (o normal custa 1 Euro)

· A Língua

Eu tinha bastante receio quanto a comunicação com a população local, e descobri uma coisa, inglês é só no hotel e com lojas para turistas na cidades ‘muito turísticas’. Eu estudei cinco semanas (de um livro de 10 semanas) de um curso de italiano para britânicos. É muito bom, com áudio e tudo. E durante o meu curso, convivi com pessoas que falavam italiano a todo hora, portanto, como eu mais escutava que falava, acabei assimilando bastante. No começo travava muito para tentar falar, mas, o povo italiano, ao menos os que conheci, são muito atenciosos e simpáticos. Quando pedia informação, chegavam a sair de onde estavam para me apontar a rua que deveria ir ou dizer que estavam indo mais ou menos na mesma direção e me convidavam para acompanha-lo. Confesso que fiquei até surpreso com tamanha simpatia. Mas tem um porém. Tudo isso foi enrolando no italiano... era notório que eu era turista e não falava muito bem, mas ainda assim tentava falar. Vi o apuro que duas garotas da Califórnia passaram na estação de trem: elas queria saber o que era ‘binario’ e como iam ao ‘dois’, e enquanto estava comprando meu Kinder Bueno branco na maquina de self-service (perdi metade do meu orçamento nessas maquinas com chocolate ahhah, são iguais aquelas maquinas de comida que vai girando e derruba a embalagem, toda estação tem, portanto levem muitas moedas para lá) vi elas abordando umas 5 pessoas em inglês, e todas passavam reto. Então foi falar com elas e explicar.. mas enfim, isso mostra como o pessoal ‘comum’ de lá é em relação ao inglês: quase ninguém fala, e os que falam, não gostam de usar com turistas. Eu pessoalmente entendo o lado deles.. chega um pessoal estrangeiro que não se deu nem ao trabalho de tentar aprender sua língua, é um pouco chato. Mas enfim, para que não tem tempo, da pra sobreviver com o inglês, já que placas e tudo o mais possuem as duas línguas. Para quem não fala nem inglês, nem italiano, tem uma luz! Lá o pessoal fala muito espanhol! Tanto que quando estava com dificuldades para dizer o que queria, diziam para falar em espanhol, então com uma enrolada meio português, meio espanhol, meio italiano, é suficiente para não morrer de fome!

· Os ‘Acessórios’

Pra quem tem iPod, comprem o aplicativo OffMaps, que custa acho que 3 reais. Foram os três reais mais bem gastos da viajem! Hahaha, o único porém para esse aplicativo, é que ruas que só andam pessoas, são mostrados por pontinhos, então fica difícil para esses locais – como Genova, que é um labirinto de becos.

O Visa Travel Money... eu fiz no Banco do Brasil meu cartão, e eles me deram dois, um reserva e outro ‘titular’. Só que não é em qualquer caixa Visa que pode sacar, tem que ser Visa Plus!!! Descobri da pior forma, depois que tentei sacar em vários bancos e nenhum deu certo, até que na Banca di Risparmio di Siena, em Bolonha mesmo, ele engoliu meu cartão e não devolveu mais, nisso a máquina ficou ‘fora de operação’. Desesperado, conversei com um casal que passava (foi a única vez que ‘apelei’ para o inglês) e eles disseram que não tinha o que fazer, para voltar depois. Só que era sexta feira, 7 horas.. então fui até um telefone público, liguei a cobrar, como eles indicam, fiz o bloqueio do que ficou preso e liberei o outro. Depois disso, fiquei morrendo de medo de sacar dinheiro, mas, consegui sacar no BNL, e dai em diante, só usei esse.

Continua...

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